segunda-feira, abril 24, 2017

Busca Genealógica

Olá, pessoal!

Como vocês sabem, tenho vindo nessa árdua busca que é a Pesquisa Genealógica há 3 anos. Agora, estou à procura de um ramo da família materna de minha mãe, originária da Bahia e Rio de Janeiro. Abaixo, listo o nome dos tios e primos paternos de minha avó materna junto com uma foto do jornal Correio da Manhã de 08 de Julho de 1952, e duas fotos do álbum de família também da década de 1950.

Se você conhece ou descende de uma dessas pessoas, por favor, entre em contato comigo. Muito obrigado!



Carlos de Abreu e Lima
Firmina Gomes de Abreu e Lima
Neda de Abreu e Lima Branquinho
Enaide de Abreu e Lima da Rosa
Isabel de Abreu e Lima Lemos
Guilma Thomé da Silva



Raul de Abreu e Lima
Cid de Abreu e Lima
Nahir de Abreu e Lima



sábado, abril 22, 2017

Finlândia - a terra das renas, do papai Noel e dos sorrisos cativantes


A cidade que ovacionou freneticamente Adhemar Ferreira da Silva, o viu criar a chamada "Volta Olímpica" após ter quebrado, numa só tarde, quatro recordes mundiais no salto triplo durante as olimpíadas de 1952 (https://www.youtube.com/watch?v=mWWatS6mMxY), 65 anos mais tarde, num dia de janeiro, me recebia calma, gelada e quase silente se não fosse pelo canto gravado de pássaros ecoando nas caixas de som do sanitário do aeroporto.

Quando cheguei ao CheapSleep Hostel a temperatura estava já na casa dos -6 graus C. e a escuridão cobria Helsinki, mesmo ainda não sendo 16 h. Após o check-in fiz o que sempre faço quando chego a uma cidade nova: deixei minhas coisas no quarto e parti em busca de comida.

Perto de onde me hospedei havia algumas lanchonetes e um mercado. Optei por um fast-food porque neles, como os valores são mais ou menos padronizados, a gente pode ter uma ideia geral dos preços na cidade e comparar os custos com outros países, especialmente porque, diferentemente do resto da Escandinávia - em senso estrito a Finlândia não pertence à Escandinávia -, na Finlândia a moeda é o euro.

O valor do Baratíssimo com café no Subway não é tão alto quanto nos outros países do norte, mas se compara aos preços de Paris e Londres. Olhei pra balconista, arrisquei falar em finlandês o nome do sanduba - os atendentes todos deram aquela risadinha tipo "vai tentando, oreba". 

Me sentei lá naquela mesa globalizada, comendo aquele sanduíche globalizado que faz a gente em qualquer lugar do mundo se sentir no mesmo lugar e observei as pessoas indo e vindo enquanto a neve caia grossa pela rua cobrindo a calçada, o asfalto, os casacos dos transeuntes enquanto eu, perdido, admirava tudo isso da janela, com olhos de criança deslumbrada que assiste ao mesmo filme diversas vezes e sempre fala dele com entusiasmo.

O Brasil é aqui!
Helsinki, cujo nome provavelmente deriva de uma palavra sueca referente a um rio que por lá passa, tem se tornado uma capital do norte europeu a cada dia mais cosmopolita. Por isso, não é difícil encontrar pessoas de lugares os mais distantes. Um exemplo disso eu tive quando regressei de minha caminhada pela vizinhança e resolvi fazer um café para esquentar o corpo depois de tanto andar no frio.
Vou me aproximando da cozinha, vejo sentados à mesa do refeitório um rapaz e uma senhora. Passo por eles perdido em meus pensamentos. De repente, minhas orelhas se aguçam, meu coração acelera, minha alma se sente em casa.

Não bastasse ouvi-los falando português, ainda os ouço conversar numa cadência peculiar, numa musicalidade única, numa melodia a qual minha mente conhecia desde antes de eu vir à luz. Parei.

Voltei. Pedi licença e perguntei: vocês são de Salvador? logo vi o sorriso iluminar a face da senhora, dona Luzia, que estava ali visitando seu filho, estudante de mestrado numa cidade próxima. 

Aí já viu, né?! quando encontramos os nossos, a conversa rende, o papo fica comprido e o café é bebido com mais gosto e em grandes quantidades. Dona Luzia é daquelas senhoras de prosa fácil e agradável, que demonstram prazer em conhecer as pessoas e conversar com elas. Por isso, não foi nada difícil ficar lá, ouvindo e compartilhando nossas histórias até tarde.

Quando ia me deitar, um rapaz que estava por perto, me perguntou em inglês se nós estávamos conversando em português. Lhe respondi que sim, e ele me contou que, apesar de ser da Letônia, amava o Brasil e era adepto do Santo Daime e que sua esposa estava fazendo uma tese de doutorado sobre as plantas alucinógenas que são usadas nesses cultos. 

Aí, eu que já estava quase caindo de sono, não consegui ir dormir, né?! Afinal, quantas vezes encontramos um letão que pratica uma religião brasileira, fala português, e conhece uma porrada de coisas sobre o Brasil? De repente, o sono passou e a prosa recomeçou. 

O Marko perguntou se eu gostava de música e começou a cantar, em português quase perfeito, um hino usado nas celebrações de sua devoção religiosa. Fiquei impressionado em ouvi-lo cantar sobre pássaros da floresta amazônica, Deus e a natureza. Qual seria a probabilidade disso acontecer ali na longínqua Finlândia? É aquele velho jargão amarelado pelo tempo e feito cliché pelo uso: a vida é uma caixinha de surpresas.

Catedral de Helsinque vista da Catedral de Uspenski


Igrejas
By Lukas Flamini
A Finlândia, assim como todos os países da Escandinávia, tem uma profunda tradição cristã, especialmente de orientação protestante luterana (mais de 72% dos finlandeses se declararam luteranos no senso de 2016), portanto, alguns dos mais bonitos monumentos do país são as igrejas. 

Eu, amante da arquitetura e de igrejas, não podia deixar de visitá-las. Por isso, tão logo o dia amanheceu (por volta das 9:00), fui com o Lukas - um paulista gente-finíssima que estava estudando na Rússia e que dividia o quarto do hostel comigo com quem eu passei um dia inteiro de boas conversas e risadas - passear pela cidade. 

Não é necessário dizer que estava frio e que a neve caía e que estávamos encasacados da cabeça aos pés. Mas, é interessante saber que o sistema de transporte público é muito bom. Melhor ainda é que o Lukas havia chegado a Helsinki um ou dois dias antes de mim e já tinha se encontrado pelos caminhos de ferro e asfalto helsinquianos.

Tomamos o bonde bem de frente ao hostel, e fomos direto ao Centro. Dessa vez, por causa do frio e das distâncias, não arrisquei ir caminhando aos pontos turísticos mais próximos. Sentei lá no banquinho e deixei o bonde fazer seu trabalho e nos deixar exatamente atrás da Catedral Luterana, sem suor nem lágrimas. 

A Catedral é uma obra imponente, em estilo neo-clássico, embelezando a Praça do Senado no centro
da cidade. Para alcançar o prédio a partir da Praça é necessário dar uma de Rocky Balboa e subir uma escadaria comprida (por trás da Catedral há outras entradas sem escadas) após o que a gente pode quase escutar Eyes of the Tiger enchendo o ar. Mas a subida, embora árdua, vale a pena pelo sentimento de “Vim, Vi, Venci” que nos inunda diante das suas enormes e pesadas portas de madeira.

Por se tratar de uma igreja protestante, os amantes e devotos das imagens de esculturas de santos não vão ter muito o que ver. A igreja tem decoração sóbria e as únicas imagens que vemos estão no altar onde se tem uma linda pintura de Cristo ladeada pelas estátuas de dois anjos. No entanto, há um órgão que de tão bonito é uma atração à parte e dá ao lugar um charme eclesiástico medieval. 

Na hora em que chegamos, havia um grupo enorme de japoneses, acompanhados por um guia, falando pelos cotovelos e andando de um lado a outro com suas botas de salto alto, então, não pudemos dar aquela meditada bacana ao som do órgão, concentrar os pensamentos em Deus, fazer uma prece, mas pudemos contemplar a arquitetura enquanto esperávamos a neve passar um pouco antes de irmos andando à beira-mar até uma outra catedral que fica ali pertinho.

A catedral ortodoxa de Uspenski, uma catedral bizantina linda por dentro e por fora, com imagens, afrescos e pinturas douradas lembra toda a opulência e cultura orientais. Do átrio da catedral têm-se uma visão espetacular do Centro da cidade. 

Ela tem esse nome por ser dedicada à ascensão de Maria aos Céus, por isso o nome "Uspenski", significando "dormição" ou "ascensão". Lá não passamos muito tempo, havia um outro grupo de japoneses também fazendo muito barulho. Além disso, a catedral estava em reforma, então, achamos melhor partir.

Quase no meio da tarde, chegamos, depois de muito andar, a um dos monumentos mais visitados de Helsinki, a Igreja Luterana de Pedra (Temppeliaukio Kirkko). Iniciada e terminada na década de 1960, a igreja foi escarvada numa enorme pedra de granito maciço, de forma arredondada e com a cúpula feita de cobre. 

Ali, pudemos parar e não apenas contemplar a incrível construção, mas sentar e agradecer por aquele dia enquanto, devido à acústica maravilhosa, podíamos escutar o som leve de música clássica inundando o ambiente.



Outras atrações
Antes de irmos ao Temppeliaukio Kirkko, tivemos de passar no Vanha Kauppahalli, um mercadão onde as pessoas se reúnem para comer comidas típicas finlandesas ou apenas conversar enquanto tomam um cafezinho quente. O mercado fica ao lado do porto. Então é muito comum ver turistas subindo e descendo os seus corredores.

Lá, há uma variedade de doces e petiscos, assim como muita carne defumada, especialmente salmão, que é um prato muito consumido no país. Forramos a barriga, vimos os navios deixarem o porto, conversamos com algumas pessoas locais e fomos em busca do famoso monumento a Sibelius. Uma atração que não pode deixar de ser vista quando estiver na capital finlandesa.

O monumento é uma enorme estrutura que lembra um órgão antigo e se encontra no parque que também leva o nome do compositor finlandês Jean Sibelius. Lá, encontramos um quarteto de estudantes paulistas que estavam fazendo um tour da Europa de carro. 

Aí, em meio a neve que voltava a cair pesada, novas amizades surgiram e nós, seis brasileiros perdidos em terras finlandesas descobrimos que por mais lindos e exóticos que outras terras possam ser, sempre haverá em nós (apesar de toda a decepção política e social que temos sentido ultimamente) aquele sentimento caloroso da lembrança de nosso país, aquela vontade de ouvirmos nossa língua, de sentirmos nosso sol, de sentirmos o cheiro de nossa comida e abraçar aqueles que conosco dividem sua cultura. 

By Lukas Flamini
O sol começava a desaparecer no horizonte coberto de nuvens enquanto nos despedíamos dos conteerrâneos. Era preciso voltar ao hostel para fugir do frio intenso e forrar o estômago. Cada um voltou ao seu caminho: os road travelers para pegar a estrada, o Lukas e eu para o hostel preparar as coisas para o dia seguinte. 

Ele ia num cruzeiro de uma dia para Talín, na Estônia; eu, acordaria cedo para ir visitar meu amigo Zamuel Hube, em Turku. Fomos cortando aquele parque imenso na direção do bondinho que não tardaria passar. 


O que ver e fazer em Helsinque:
Catedral de Helsinki, Praça do Senado, Uspenski Cathedral, Torikorttelit, Esplanadi Park, Temppeliaukum Kirkko, Sibelius Monumentti, Tooloon Kirkko, Parque Kaivopuisto, Ateneum - Finnish Art Gallery, Porto, Vanha Kauppahalli. 






By Lukas Flamini @ Ateneum Finnish Art Gallery

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