quinta-feira, março 27, 2014

O que fazer em Dublin - Irlanda / What to do in Dublin - Ireland

 (VIDEO SUBS IN ENGLISH)
 

Vista de Dublin ao entardecer - outono 2014
Embora seja a capital da República da Irlanda e uma cidade totalmente cosmopolita - andando pelas ruas, em três minutos, você consegue ouvir uma variedade incrível de línguas de todos os continentes -, Dublin tem uma população de pouco mais de 500 mil habitantes e é um lugar onde as pessoas ainda são cordiais, atenciosas e onde o antigo e o moderno dividem espaço, harmoniosamente, entre si.
 
Daí, não haver falta do que fazer quando você estiver pela cidade. De restaurantes a cassinos (eles são legais na Irlanda); de parques a cinemas; de museus gratuitos a teatros de importância histórica, a praias; de castelos a igrejas; de ruinas antiquíssimas a galerias de Arte Moderna; de cafés à beira do Liffey a pubs no Temple Bar, a montanhas e colinas de tirar o fôlego. Basta apenas fazer sua escolha: Dublin (e a Irlanda) tem tudo isso e muito mais.
 
Fundada pelos Vikings - que lhe batizaram Duibh Linnia, significando piscina negra, por conta da encontro dos rios Liffey e Podle -, invadida pelos normandos, conquistada pelos ingleses, Baile Átha Cliath, ou a Cidade de Dublin, é um caldeirão cultural cheio de diversão e entretenimento onde moradores e turistas se encontram para compartilhar a vida de forma inesquecível.

Listo, abaixo, lugares obrigatórios para quem visita Átha Cliath, Dublin:
 

Vista da O'Connell Street com Spire ao fundo
City Center /Sity Sentâr/: No centro de Dublin, o visitante encontrará tudo. Uma vez que você estiver na O'Connell Street, que é a rua principal do Centro, os lugares para ir e coisas para fazer abundarão. Como referência, você pode ter o Spire, que é uma grande agulha encravada no centro da O'Connell e que se tornou o ponto de encontro para turistas, jovens e traficantes (fique ligado/a no pessoal de moletom com cara de zumbi). Daí, fica mais fácil se nortear e encontrar seus amigos para iniciar o passeio.
 
Se você se posicionar de frente ao Spire , com a estátua de O'Connell às suas costas, você terá à direita a Talbot street, onde há uma estátua de James Joyce, lojas, restaurantes e mercados; e à esquerda a Henry Street, onde você encontrará lojas de roupas a bom preço - mesmo as de renome internacional, como GAP -, flores, camelôs e shopping centers (Illac, Jervis).
A O'Connell é uma rua larga com um canteiro central pavimentado e com bancos e bancadas para sentar, comer e conversar. Em ambos os lados da rua você encontrará Fast-Foods, restaurantes, lojas de roupas e calçados, farmácias, bancos, casas de câmbio, Informação Turística e um cinema.

Pátio da Trinity College
Trinity College: Partindo da O'Connell St., com as costas na direção do Spire, é só você atravessar a Ponte O'Connell (atração histórica construída em 1880) e seguir sempre em frente pela Westmoreland Street até a College Green St. O que há de tão interessante para visitar numa universidade?

Livro de Kells - Abertura do Evangelho de S. João
Bem, primeiro é a universidade mais antiga da Irlanda, fundada em 1592, e, por isso, importantíssima tanto por razões históricas quanto arquitetônicas. Lá também você encontra o livro de Kells - considerado a peça principal do cristianismo irlandês, é um dos mais suntuosos manuscritos ilustrados da antiguidade, feito por monges no ano 800 depois de Cristo. Escrito em Latim Antigo contém os quatro evangelhos canônicos, ilustrações e iluminuras coloridas.
Além disso, a biblioteca da Trinity College com seu riquíssimo acervo, também serviu de cenário para ambientar algumas cenas do filme Harry Potter.
Ainda no Trinity College, os interessados em arte encontrarão uma galeria cujo acervo é maravilhoso.

Saindo da Trinity, você pode seguir pela Grafton Street, onde encontrará várias lojas de grifes internacionais e locais, assim como restaurantes e fast-foods. No entanto, a atração principal dessa rua são os chamados Buskers. Artistas extremamente talentosos que passam o dia e a noite regalando os transeuntes com sua arte que varia desde shows de música até street dance, passando por esculturas de areia. Vale a pena gastar algum tempo caminhando pela Grafton, não só pelos Buskers, restaurantes e lojas, mas também pelas faixadas dos prédios antigos.

Entrada do Saint Stephen's na saída
da Grafton Street
Saint Stephen's em dia de sol
Parques: Seguindo direto pela Grafton, você sai de frente ao Saint Stephen's Green. Um parque criado em 1663 por ordem real e que hoje existe como um dos locais favoritos para quem está no centro da cidade e quer relaxar, almoçar ao ar livre, estudar, ou apenas tomar um sol quando o tempo abre. O Saint Stephen's tem imenso valor histórico, uma vez que foi tomado pelos rebeldes durante a Revolta da Páscoa como reduto da resistência irlandesa contra os ingleses, em 1916. Outra grande atração deste parque é a enorme variedade de aves aquáticas que se encontram lá. Desde patos e gaivotas até cisnes e galinhas
St Stephen's Green no outono
d'água, dentre outros. Uma observação a esse respeito deve ser feita, no entanto: se você for ao parque para um lanche na relva ou nos bancos, tome cuidado com os pássaros - pombos e gaivotas se acercarão de você e muitos deles tentarão roubar sua comida. Eu mesmo vi uma gaivota roubando o sanduiche de um rapaz que estava distraído sentado no banco ao meu lado. Aproveite, ao sair do St Stephen's, para olhar os prédios ao redor. As faixadas vitorianas, embora não sejam originais, são muito interessantes de observar. Entre os prédios, embora de arquitetura moderna, está o Saint Stephen's Green's Shopping Centre. É uma boa opção também.

Outro parque maravilhoso é o Phoenix. Ele está um pouco distante do centro, mas ainda assim você pode ir andando - e aproveitar para caminhar pelas ruas tranquilas da cidade e observar as várias pontes e faixadas das casas e edifícios ao redor. Se você preferir não ir a pé, volte à O'Connell Street e pegue o ônibus número 66 (ou então vá aqui: http://www.dublinbus.ie/en/Route-Planner/Route-Planner/ ) e planeje sua rota.
O Phoenix é o maior parque urbano da Europa, um lugar para você andar, sentar, fazer piquenique, jogar futebol, correr, pedalar (você pode alugar uma bicicleta) e visitar o zoológico que fica no centro do parque. Se você preferir, pode sentar-se num dos bancos e esperar que os cervos se aproximem. Eles andam livres por lá.

Esses são os dois mais importantes. Mas você pode ir a outros parques também, há inúmeros deles espalhados por toda a cidade.


National Museum - Archeology
National Museum - Archeology
Museus e Galerias de Arte: Todos os museus e galerias em Dublin são gratuitos. Isso significa que você pode ter um dia de descobertas e cultura clássica. Eu visitei a maioria deles e recomendo todos. O Museu de História Natural, por exemplo, tem mais espécies de animais empalhados do que o de Londres. O acervo é riquíssimo. E não só isso, é agradável andar pelas salas, onde o material está disposto com toda a informação a respeito do objeto observado em inglês e gaélico. Para chegar lá é fácil. Estando no Saint Stephens', é só você pegar a direita e ir andando.  Se estiver no Trinity College, é só sair pelo portão de acesso à Kilkenny Street e pegar a rua em frente (as ruas são bem sinalizadas com indicação de lugares importantes a visitar). No museu de Arqueologia, há múmias de milhares de anos antes de Cristo, torcs, sapatos de madeira, canoas, jóias, relicários, e tantos outros artigos de curiosidade para quem gosta de história.


National Museum - História e Artes Decorativas
Mas o melhor de tudo é que todos eles estão no centro a uma distância relativamente pequena um do outro. Quando estiver em Dublin, faça questão de visitar: O National Museum of Ireland: Arqueologia; Artes Decorativas e História; História Natural; Arte Moderna. Vá também ao Wax Museum (museu de cera) - que fica próximo ao Trinity College, ao lado do Bank of Ireland. Vale a pena também conferir o Writers' Museum (subindo a O'Connel com a Parnell), o Veleiro Jeanie Johnston e o Museu da Fome, a Galeria Nacional da Irlanda, Dublinia, e tantos outros (veja mais opções de museus aqui: http://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g186605-Activities-c49-Dublin_County_Dublin.html#TtD).
 

Região do Temple Bar
Pubs e Dance Clubs: Visitar Dublin e não ir a um pub irlandês é a mesma coisa de visitar Salvador sem subir o Elevador Lacerda. Por todos os lugares aonde você passar haverá um pub aberto especialmente para você. Seja ao longo dos Quays como The Bachelors Inn e The Workman's Club, ou na região do Temple Bar como o Fitzsimons, O'Neil, The Quays Bar, ou The Temple Bar  (há inúmeras outras opções, mas eu pessoalmente recomendo esses), o ambiente é alegre, descontraído e as pessoas extremamente respeitadoras. Nesses lugares você vai ouvir música ao vivo - irlandesa tradicional e algumas vezes músicas pop ou rock conhecidas - enquanto toma um pint de Guiness ou outra marca de cerveja irlandesa - você também pode tomar água (que é gratuita), refrigerante ou algum cooler, como Smirnoff ice, etc. O pint de Guiness vai variar de 2.5 a 6 euros dependendo do dia e local.
Já os dance clubs estão espalhados pela cidade. Próximo a região do Temple Bar, na George Street, há o The George (para o público LGBT - e geralmente frequentado por homens acima dos 45) e o The Dragon (também para o público LGBT - embora pessoas de todas as orientações sexuais se juntem lá para curtir o som e a
noite). Próximo ao Saint Stephen's Green, seguindo direto pela lateral do parque, você encontra o D2 e, ao lado oposto, o Dicey's. Este último é o reduto de estudantes brasileiros às terças à noite - também conhecidas como Brazilian Night -, nesse dia o pint de Guiness custa 2.5 euros e se ouve música brasileira mixada junto com músicas internacionais. Se você preferir, pode ir ao Dicey's no sábado, há pouquíssimos brasileiros nesse dia, mas um pint custa 6 euros. Um pouco mais afastado do centro, há um dance club chamado The Village, também muito bem frequentado e com música bacana.

SLANTÉ - "SAÚDE"
Há uma observação a ser feita, porém: os seguranças, chamados bouncers, podem não permitir sua entrada se você não estiver vestido/a apropriadamente (geralmente a entrada de pessoas vestindo jeans e camiseta e calçando tênis e sandálias (femininas) não é permitida) ou se eles acharem que você está bêbado/a. Não adianta insistir, os caras não permitirão sua entrada e pronto. Outra coisa a se chamar a atenção é que os menores de 19 anos geralmente não podem entrar em dance clubs. Às vezes eles permitem, às vezes não. Mas eles sempre irão pedir um documento de identificação - que pode ser seu passaporte, sua carteira de motorista, ou RG brasileiro. Sem problema.

Mas o melhor de tudo isso na noite de Dublin é fazer amigos!

Se vocês tiverem alguma dica legal, me avisem ;)

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quarta-feira, março 12, 2014

Conheça São Bento do Sapucaí na Serra da Mantiqueira Paulista

 
São Bento do Sapucaí é uma pequena cidade localizada no coração da Serra da Mantiqueira, uma região montanhosa com muitos atrativos naturais como cachoeiras e mirantes, além de um cultura bem peculiar com destaque para a gastronomia da roça com influência da cozinha mineira de fogão. 

O principal ponto turístico em São Bento do Sapucaí é justamente um complexo de formações rochosas chamado Pedra do Baú, situado bem na divisa com Campos do Jordão. Além da Pedra do Baú, no local ainda estão situados outros mirantes chamados de Ana Chata e Bauzinho. Do topo deste mirante é possível ter uma vista panorâmica belíssima da região, incluindo outras cidades e até regiões distantes como o Vale do Paraíba.

O setor gastronômico de São Bento do Sapucaí conta com restaurantes de alta qualidade como é o caso do Taipa, que serve comida mineira da roça em fogão a lenha. O Taipa além de oferecer comida saborosa, ainda conta com ótimo atendimento. Outra ótima opção de restaurante é o Sabor Mineiro, situado no centro de São Bento, que abre pro almoço em sistema de self service e à noite atende como pizzaria. Outra boa opção é o restaurante Sabor e Arte que é especializado em pratos à base de truta e fica localizado bem abaixo da Pedra do Baú

O artesanato em São Bento do Sapucaí é outro importante ponto que vale a pena conferir. O bairro do Quilombo é um foco de grandes artistas que trabalham com matéria prima natural da região para desenvolver suas peças de extrema beleza e originalidade. Destaque para o artesão Ditinho Joana que esculpe suas obras em madeira representando diversas atividades de trabalho dos moradores da região.

As pousadas em São Bento do Sapucaí contam com ótima estrutura de acomodações e são quase sempre chalés independentes com varanda e vista panorâmica, e equipados com lareira, hidro e confortáveis camas box. Elas estão espalhadas pelos principais bairros de São Bento como o Quilombo, Paiol Grande, Centro e Serrano.

Para chegar até São Bento do Sapucaí vindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, basta seguir pela rodovia Dutra até a altura da cidade de Taubaté, depois subir a serra pela rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123) em sentido a Campos do Jordão. Depois tomar a entrada para Santo Antonio do Pinhal, atravessar a cidade e seguir sentido sul de Minas Gerais pela SP 50 até chegar em São bento do Sapucaí.

Informação sobre outros destinos no sudeste do Brasil acesse Roteiro de Turismo, site original desta matéria.
 
 

sábado, março 01, 2014

'TIS TIME TO LEAVE


(Versão em Português abaixo)

'Tis time to leave, my love,
While the drizzle still kisses the grass
And ravens caw, hoarsely, above
And seagulls fly over the Liffey
And lovers, ah the lovers!, exchange
Promises of eternity at the quays.

Many a day did I roam the streets, lonesome and wishful,
With the heart enrapt by the faces of strangers and their voices,
By the façades of ancient buildings, and the charriots with the horses
At Saint Stephen's and Merrion Square,
Unware of the brevity of time.

How painful it is to remember the brightness of summer
Or the rusty leaves in November blanketing the ground,
And know that in a few hours "farewell" will be the words last and final.
However, let's not forget the cold wind blow, the people going high and low
In their fast steps, or the chiming bells of old churches at sunset.
Let's not forget the tin whistles cries, or the bagpipes sound, or the music of the violin
Echoing around the pubs at Temple Bar, or the buskers and the parks and the mounts and the gardens.

'Tis time to leave, my darling,
While the gentle drizzle kisses the grass and the tears caress
Our faces, and our souls are young and full of faith
In the better days to come.
Let's us leave now with the spirit heavy with longing,
And yearning and bonding and everything we are going to miss,
Every dear kiss and hug and the memories that we've made.

'Tis now time to leave and pray that we meet at the quays again.


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É hora de partir, meu amor,
Enquanto a garoa ainda beija a relva
E os corvos grasnam, roucos, sobre as árvores
E as gaivotas voam sobre o Liffey
E os enamorados, ah! os enamorados,
Trocam juras de amor eterno sobre o cais.

Tantos foram os dias em que vaguei pelas ruas, só e melancólico,
Com o coração arrebatado pelos rostos de estranhos e suas vozes,
Pelas faixadas dos prédios antigos e pelas carruagens
Do Saint Stephens e de Marion Square,
Sem perceber quão rápido é o tempo.

Como dói lembrar dos céus de verão
E das folhas enferrujadas caindo ao chão em novembro
E saber que em poucas horas "adeus" será a última palavra dita.
Não esqueçamos, porém, do vento frio soprando contra as faces,
Das pessoas correndo daqui para ali em passos apressados,
E das igrejas antigas badalando seus sinos ao cair da noite.
Não esqueçamos do choro dos apitos de latão, as gaitas de foles a música dos violinos
Ecoando pelos pubs em Temple Bar; ou dos artistas de rua, dos parques dos montes e dos jardins.

É hora de partir, meu bem,
Enquanto a garoa suave beija a relva e as lágrimas nos afagam os rostos,
E nossas almas estão jovens e cheias de fé nos dias melhores que estão por vir.
Partamos agora com o espírito pesaroso, e cheio de desejo e apego pelas coisas
Das quais teremos saudades - todos os beijos ternos, e abraços, e lembranças que tivemos.

É hora de partir, agora, e desejar que nos encontremos pelo píer novamente.

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