domingo, maio 24, 2009

Amores voláteis

Entendi que os amores são como os pássaros -
Nasceram para voar livres nos espaços serenos.
Eles são felizes e eternos apenas se são livres.
Porque, quando postos entre as barras da gaiola,
Perdem seu canto, murcham e morrem como as flores
Cortadas dos hastis.

Muita vez eu fui menino malvado que ao ver o canto do pássaro no mato,
Quis tê-lo para si somente, correu a enjaulá-lo e a pô-lo na parede de casa
Até que seu canto cessasse, as asas se amofinassem
E a alegria emplumada perdesse a graça.

Aprendi que libertando os amores, como se libertam os pássaros engaiolados,
O jardim se enche de um canto novo todo dia, de cores fortes e lindas
Todas as manhãs, e os pássaros, outrora amofinados no canto da gaiola,
Voltam felizes e radiantes e do peitoril de nossa janela aberta
Trinam melodias cada vez mais sonoras para nos mostrarem que os amores,
Assim como os pássaros, só são felizes se estiverem livres para voar.



Um comentário:

Deivis disse...

Mais um poema cheio de vida, cheio de emoção. Quero sempre ser pássaro...quero sempre cantar e encantar pelo canto...quero sempre voar e pousar aonde queiram me ouvir! Abraços

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