sexta-feira, agosto 04, 2006

outonos

outonos, primaveras, teu amor deveras
me enche de paz e me mata
me escraviza, me fascina - é tudo

são folhas que caem avermelhadas
e ocasos queimando o céu;
o que sinto é simples, o que sei é fel,
o que sonho são devaneios
e você... ah, você!

o frio - não é no corpo, nem na alma
é uma chama gelada de época passada
é frio que queima e mata
o frio - o frio não é nada!

mas os outonos são tudo
são você, sou eu, assim, à lareira
com os pés no rio, sentados na colina ao amanhecer
meus outonos de folhas vermelhas são você.

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